Por: Abel Ellwanger
As fortes chuvas que começaram na tarde do dia 5 que se estendeu sem parar ate o outro dia, 6 de abril, certamente vão ficar na lembrança de muitos cariocas e brasileiros. Segundo o Jornal Folha do dia 8 abril “O Corpo de Bombeiros interrompeu na manhã desta quinta-feira os trabalhos de busca manual no morro do Bumba, onde um deslizamento de terra atingiu cerca de 50 casas e provocou a morte de ao menos seis pessoas”. Em todo o Estado, as chuvas já deixaram 153 mortos desde a noite de segunda (5).
O Rio de Janeiro é bastante conhecido por seus inúmemos morros e favelas, junto a isso construções ilegais de alto risco sem fiscalização, desmatamento, lixo em local indevido, crescimento desordenado da população e falta de incentivo e infra-estrutura para alojar essas pessoas. Esse problema gera discussões administrativas e políticas no estado, não apenas do Rio de Janeiro mas em outros que sofrem com as chuvas torrenciais.
No Rio de Janeiro, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, publicou um decreto que declara mais de 100 áreas afetadas por deslizamentos de terra em situação de emergência. Isso permite a remoção dos moradores dessas áreas sem o consentimento destes, inclusive com o uso da força, se necessário.
Alguns especialistas afirmam que os responsáveis pelas vítimas de enchentes e deslizamentos de encostas são os governos e não a natureza. Segundo o professor Paulo Canedo coordenador do Laboratório de Hidrologia da COPPE/UFRJ , “O planejamento urbano tem que levar em consideração as fragilidades das regiões. Alguns prefeitos incentivam e induzem a população a morar em áreas de risco. Na Baixada Fluminense é muito comum ver o arruamento de pôlderes, que são espaços reservados para encharcar e fazer esgotamento de áreas pluviais. Recentemente vimos um exemplo de loteamento de lixões, como no Morro do Bumba, em Niterói.
O que fica é uma reflexão do que está errado e como reverter essas situações que somadas resultam a catástrofes tirando a vida de centenas de pessoas devido na causas naturais provocas pelo próprio homem. Em uma propaganda de uma ONG tem uma frase que ironicamente determina essa situação, “ quem mandou mexer com a mãe natureza, quem mandou?”.
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