terça-feira, 8 de junho de 2010

Dia Mundial do Meio Ambiente traz à tona discussão de velhos problemas - durante todo o dia houve protest

Por Bruna Castro

O Dia foi criado pela ONU, em 1972, durante a Conferência de Estocolmo para o Ambiente Humano como forma de conscientizar o mundo sobre as mazelas contra a natureza. Todos os anos, são eleitos um país sede e um tema para nortear as campanhas e ser palco das atividades. Neste ano, a Nova Zelândia foi o escolhido – por ser considerado um dos primeiros países preocupados com um futuro neutro em carbono – para organizar atividades que contextualizem o slogan escolhido para esse ano, que tem como foco uma economia com baixo carbono. Para Aline Rizzardi, Mestra em Educação Ambiental, todo ano, a passagem do dia é motivo de reflexão, pois é uma forma de avaliar a quantas anda a questão ambiental, principalmente, no Brasil: “Embora não resolva praticamente nada, só o fato de haver um dia dedicado à discussão da situação do meio ambiente já é alentador”, opina.
NO BRASIL, ESTUDANTES SAÍRAM ÀS RUAS
Cerca de 70 manifestantes se reuniram na manhã deste sábado, 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, para protestar contra o avanço imobiliário na região da avenida Paralela, em Salvador, que prejudica o ecossistema da região. Como lema da passeata, “Quem desmata, mata”. Entre 10h e 11h, o grupo percorreu o trecho entre o posto de combustível antes do Shopping Paralela à lagoa localizada em frente à Faculdade de Ciência e Tecnologia (FTC). A medida visou conscientizar quem passava pelo local. Além disso, foram plantadas dez mudas de Pau-Brasil na lagoa e no canteiro da avenida Luiz Viana Filho. Aline comenta a atitude dos estudantes baianos: “Mais de 70% da mata atlântica da região foi desmatada. Isso precisa parar e a população parece ter acordado para essa situação”.
ONG DE PROTEÇÃO APOIA INICIATIVA
A ONG Terra Verde Viva, que luta pelos direitos dos animais, esteve presente. "O progresso econômico não pode suplantar o ambiental. O planejamento de impacto foi insuficiente e tem destruído habitats. Espécies ficam desnorteadas e ameaçadas", critica Ana Rita Tavares, representante da organização não-governamental.

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