Como todos sabem o termo Meio Ambiente vem sendo muito usado pela mídia pela sociedade e vem ganhando grande espaço dentro das instituições de ensino. No ultimo dia 11 de maio esteve junto a Unicruz (Universidade de Cruz Alta) o sargento Marcio Brito, do comando ambiental de Cruz Alta. O comando atende 29 municípios do Alto Jacuí.
O sargento esteve na instituição para “palestrar” aos alunos do quinto semestre de jornalismo, o convite foi feito pela professora Margarete Ludwig que ministra a disciplina de Jornalismo Ambiental. O evento tinha por finalidade por os alunos mais á par das leis que regem o meio ambiente, o dia-a-dia de um fiscal da área e também saber como eles (alunos e mídia) devem lidar com determinadas situações que ocorram envolvendo o meio ambiente tanto na hora de uma denúncia como também na cobertura da mesma.
Márcio se mostrou bem a vontade junto a classe de alunos e contou a sua história de como tudo começou. Falou desde quando foi promovido a polícia ambiental, das suas dificuldades de não saber como agir em muitos momentos como falou de experiências vividas. Citou por exemplo que logo quando promovido surgiu uma denuncia de uma draga junto ao Rio Jacuí e que durante a abordagem ele “caiu” na gargalhada pois não sabia o que fazer ou seja como agir naquela mesmo com um monte de papeis nas mãos. Passado o episodio conclui que tava na hora de estudar, comprou livros foi a internet e pediu ajuda aos companheiros.
A classe formada por seis alunos por varias vezes fizeram perguntas e tiraram dúvidas. Mais ligada a área do jornalismo a professora Margarete também acrescentou fatos vividos por ela tanto em cobertura de matérias, também na hora de apurar denúncias, e de fatos onde não se pode divulgar determinada noticia ligada ao meio ambiente por interesses de terceiros.
Por fim, o Sargento agradeceu o convite, colocou-se a disposição dos alunos, passou aos mesmo o telefone 190 para que se faça denúncias e tirem dúvidas. Atividades como essas são louváveis e plausíveis e deveriam ser seguidas por todas as instituições e cursos. Os alunos precisam saber mais do mundo em que vivem, precisam saber mais sobre o conglomerado de situações que seus cursos podem lhes oferecer.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Carros ecológicos?
Por Leandro Lui
A necessidade de carros de emissão zero esta crescendo, mesmo antes de os primeiros produtos estarem nas ruas. A GM já tentou em meados dos anos 90 a incrementação do carro ecologicamente correto. Não deu certo. Então porque daria agora? E quais as reais conseqüências que esses carros nos trariam?
Que o planeta pede socorro isso todos estamos careca de saber. O efeito estufa vem nos matando dia após dia. É preciso cada vez mais encontrar uma maneira de continuar evoluindo tecnologicamente sem afetar a “mãe natureza”. Muitas novas tecnologias foram testadas, mas esbarraram em obstáculos.
Pergunto-me se a real intenção das montadoras em investir em carros elétricos é única e exclusivamente para salvar o planeta? Acho que não! Na verdade como todos sabem o petróleo não é um bem renovável e um dia ele vai acabar, portanto elas nada mais estariam fazendo do que “plantando hoje para colher amanha”. Penso que seria muito melhor e mais pratico investir no Bio-Combustíveis como o Brasil já vem fazendo e o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva já vem alertando.
O projeto de emissão zero de combustíveis é louvável e plausível, mas me pergunto como vou recarregar meu carro? Na tomada? E a conta de luz como fica? E se forem mesmo incrementadas a idéia das trocas de bateria será que não estaríamos criando ainda mais lixo? Sei lá essa tecnologia toda me assusta principalmente por surgirem sem respostas, elas simplesmente aparecem com um cunho ambiental quando na verdade só estão pensando no lado econômico.
A necessidade de carros de emissão zero esta crescendo, mesmo antes de os primeiros produtos estarem nas ruas. A GM já tentou em meados dos anos 90 a incrementação do carro ecologicamente correto. Não deu certo. Então porque daria agora? E quais as reais conseqüências que esses carros nos trariam?
Que o planeta pede socorro isso todos estamos careca de saber. O efeito estufa vem nos matando dia após dia. É preciso cada vez mais encontrar uma maneira de continuar evoluindo tecnologicamente sem afetar a “mãe natureza”. Muitas novas tecnologias foram testadas, mas esbarraram em obstáculos.
Pergunto-me se a real intenção das montadoras em investir em carros elétricos é única e exclusivamente para salvar o planeta? Acho que não! Na verdade como todos sabem o petróleo não é um bem renovável e um dia ele vai acabar, portanto elas nada mais estariam fazendo do que “plantando hoje para colher amanha”. Penso que seria muito melhor e mais pratico investir no Bio-Combustíveis como o Brasil já vem fazendo e o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva já vem alertando.
O projeto de emissão zero de combustíveis é louvável e plausível, mas me pergunto como vou recarregar meu carro? Na tomada? E a conta de luz como fica? E se forem mesmo incrementadas a idéia das trocas de bateria será que não estaríamos criando ainda mais lixo? Sei lá essa tecnologia toda me assusta principalmente por surgirem sem respostas, elas simplesmente aparecem com um cunho ambiental quando na verdade só estão pensando no lado econômico.
Acadêmicos de jornalismo da Unicruz discutem sobre meio ambiente
Por: Maurício Rebelatto
O cuidado com o meio ambiente é fundamental para a sobrevivência do ser humano. Na área do Jornalismo, conhecer a legislação e as normas ambientais é mais importante ainda para que se possa cobrar atitudes das autoridades e denunciar irregularidades.
No último dia 11, os acadêmicos de Jornalismo da universidade de Cruz Alta receberam instruções do Sargento do comando ambiental da brigada militar de Cruz Alta Márcio Palma de Brito. O sargento esclareceu dúvidas e contou um pouco das atividades que ele desempenha, para os acadêmicos. A visita fez parte da aula de Jornalismo Ambiental, do 5º semestre de jornalismo, orientados pela professora Margarete Ludwig.
A disciplina que tem por objetivo preparar os futuros jornalistas para o exercício ético da profissão, comprometidos socialmente, motivou a reflexão de assuntos como o Código Nacional do Meio Ambiente, áreas de preservação permanente, aterros, irregularidades na área ambiental e o que o jornalista pode fazer para ajudar a denunciar esses casos.
Segundo Brito, os jornalistas têm um poder enorme, mas que muitas vezes não o utilizam da melhor forma. “Existem vezes em que os interesses econômicos das editorias, falam mais alto”, afirma o sargento.
A área de jurisdição que Cruz Alta abrange, é de 29 municípios, sendo que o efetivo é de 14 pessoas para trabalharem. “Por isso é muito importante a ajuda dos profissionais dessa área na ajuda pelo meio ambiente”, explica. Geralmente a fiscalização torna-se restrita em todos os municípios, mas o que é possível é feito. Brito explica ainda que as pessoas parecem desconhecer que o meio ambiente é de uso comum do povo. “Mesmo que a pessoa seja proprietária de um local, a matéria prima por ela explorada é de uso difuso”, considera o sargento Márcio.
As principais denúncias que o comando recebe, referem-se ao desmatamento, que lidera os chamados, e com maus tratos a animais. Embora a atuação possa ser limitada, os acadêmicos consideram fundamental a ajuda para com esses meios. “Devemos discutir a questão ambiental de uma forma mais ampla. Apontar os problemas e denunciar as irregularidades”, explica o acadêmico Mauricio Rebellato.
O cuidado com o meio ambiente é fundamental para a sobrevivência do ser humano. Na área do Jornalismo, conhecer a legislação e as normas ambientais é mais importante ainda para que se possa cobrar atitudes das autoridades e denunciar irregularidades.
No último dia 11, os acadêmicos de Jornalismo da universidade de Cruz Alta receberam instruções do Sargento do comando ambiental da brigada militar de Cruz Alta Márcio Palma de Brito. O sargento esclareceu dúvidas e contou um pouco das atividades que ele desempenha, para os acadêmicos. A visita fez parte da aula de Jornalismo Ambiental, do 5º semestre de jornalismo, orientados pela professora Margarete Ludwig.
A disciplina que tem por objetivo preparar os futuros jornalistas para o exercício ético da profissão, comprometidos socialmente, motivou a reflexão de assuntos como o Código Nacional do Meio Ambiente, áreas de preservação permanente, aterros, irregularidades na área ambiental e o que o jornalista pode fazer para ajudar a denunciar esses casos.
Segundo Brito, os jornalistas têm um poder enorme, mas que muitas vezes não o utilizam da melhor forma. “Existem vezes em que os interesses econômicos das editorias, falam mais alto”, afirma o sargento.
A área de jurisdição que Cruz Alta abrange, é de 29 municípios, sendo que o efetivo é de 14 pessoas para trabalharem. “Por isso é muito importante a ajuda dos profissionais dessa área na ajuda pelo meio ambiente”, explica. Geralmente a fiscalização torna-se restrita em todos os municípios, mas o que é possível é feito. Brito explica ainda que as pessoas parecem desconhecer que o meio ambiente é de uso comum do povo. “Mesmo que a pessoa seja proprietária de um local, a matéria prima por ela explorada é de uso difuso”, considera o sargento Márcio.
As principais denúncias que o comando recebe, referem-se ao desmatamento, que lidera os chamados, e com maus tratos a animais. Embora a atuação possa ser limitada, os acadêmicos consideram fundamental a ajuda para com esses meios. “Devemos discutir a questão ambiental de uma forma mais ampla. Apontar os problemas e denunciar as irregularidades”, explica o acadêmico Mauricio Rebellato.
Energia renovável ou um país renovável?
Por Maurício Rebellato
A energia renovável é uma das alternativas para o problema ambiental e esgotamento das energias não-renováveis. Embora seja uma das únicas saídas para amenizar os impactos causados pelo homem, vários fatores impedem o avanço dessas tecnologias, como alto custo e ausência de uma eco-cultura.
Dentre as energias renováveis, a que mais se destaca em todo mundo é a energia eólica. Bento Koike, proprietário da segunda maior empresa produtora de pás para aerogeradores, explica que o Brasil tem um grande potencial, e considera essa energia como o ‘’Pré-sal dos ventos’’. É fato que o país está atrasado em relação a outros países. A Associação Brasileira de Energia Eólica considera que o atraso seja de praticamente 20 anos, se comparados a Estados Unidos, Alemanha e Espanha, por exemplo, consideradas líderes das hélices (maiores acumuladoras de megawatts.em 2008).
Mesmo com o atraso e falta de investimentos na instalação das torres e pás (que somam um alto valor), o custo de operação é baixo, o que compensaria os gastos, e o Brasil detém ainda grandes jazidas eólicas, como no nordeste, por exemplo,
Mas o que falta para o país iniciar a produção eólica? Bento Koike diz ter 30 000 pás espalhadas pelo mundo, mas nenhuma no Brasil. O descaso dos governantes com a produção de novos recursos e alternativas para a sustentabilidade é certa. Basta analisar a futura “arrecadação” com o pré-sal. Uma energia submersa a pelo menos 5000 metros, enquanto a eólica esta na superfície e ao contrário do petróleo, é renovável. Estudos apontam ainda para o que pode acontecer com a estratificação da camada do petróleo.
Se as novas energias terão espaço, não se pode afirmar. Porém é certo que substituir as energias só será eficiente com consciência da população, incluindo governantes, e a criação de formas organizadas e de fácil acesso a elas.
A energia renovável é uma das alternativas para o problema ambiental e esgotamento das energias não-renováveis. Embora seja uma das únicas saídas para amenizar os impactos causados pelo homem, vários fatores impedem o avanço dessas tecnologias, como alto custo e ausência de uma eco-cultura.
Dentre as energias renováveis, a que mais se destaca em todo mundo é a energia eólica. Bento Koike, proprietário da segunda maior empresa produtora de pás para aerogeradores, explica que o Brasil tem um grande potencial, e considera essa energia como o ‘’Pré-sal dos ventos’’. É fato que o país está atrasado em relação a outros países. A Associação Brasileira de Energia Eólica considera que o atraso seja de praticamente 20 anos, se comparados a Estados Unidos, Alemanha e Espanha, por exemplo, consideradas líderes das hélices (maiores acumuladoras de megawatts.em 2008).
Mesmo com o atraso e falta de investimentos na instalação das torres e pás (que somam um alto valor), o custo de operação é baixo, o que compensaria os gastos, e o Brasil detém ainda grandes jazidas eólicas, como no nordeste, por exemplo,
Mas o que falta para o país iniciar a produção eólica? Bento Koike diz ter 30 000 pás espalhadas pelo mundo, mas nenhuma no Brasil. O descaso dos governantes com a produção de novos recursos e alternativas para a sustentabilidade é certa. Basta analisar a futura “arrecadação” com o pré-sal. Uma energia submersa a pelo menos 5000 metros, enquanto a eólica esta na superfície e ao contrário do petróleo, é renovável. Estudos apontam ainda para o que pode acontecer com a estratificação da camada do petróleo.
Se as novas energias terão espaço, não se pode afirmar. Porém é certo que substituir as energias só será eficiente com consciência da população, incluindo governantes, e a criação de formas organizadas e de fácil acesso a elas.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Catástrofes: Os culpados na visão da biologia
Que estamos assustados com o poder da natureza mãe, não tem como negar! Nos últimos meses o planeta terra vem sofrendo com força dela, são catástrofes que atingem o mundo todo, terremoto, fogo, enchentes na Ásia, terremotos no Haiti e no México e no Chile, secas e chuvas intensas no Brasil, tornados nos EUA. Fala-se tanto em previsões de que o mundo iria acabar em 2012, porém mediante a esses acontecimentos talvez não cheguemos até lá. Em virtude dessa situação fomos entrevistar o estudante do oitavo semestre de Ciências Biológicas da Unicruz Gabriel Sheneider para mostrar a visão da biologia frente a essa situação.
Leandro: Gabriel do ponto de vista teórico por tudo aquilo que você aprendeu e vivenciou na sua formação acadêmica como você deferiria a atual situação ambiental do nosso planeta?
Gabriel: Atualmente, o nosso planeta está passando por diversas mudanças climáticas, enchentes antes não vistas, terremotos mais freqüentes e com maior intensidade, mostrando-nos que devemos pensar um pouco mais seriamente na qualidade do nosso planeta, evitando degradá-lo como estamos fazendo, diminuindo as poluições, desmatamentos, aumentando reciclagem e estudos para uma fonte de energia renovável e barata, que seja acessível a todos. Se continuarmos tratando como estamos tratando hoje, em breve as conseqüências ficarão mais difíceis de serem revertidas ou amenizadas, devemos ter uma atenção maior com nosso planeta, para ter o que mostrar para nossos filhos e netos.
Leandro: Qual é a sua opinião sobre o protocolo de Kyoto?
Gabriel: Se realmente entrar em vigor, e for cumprido como o estabelecido, será um grande avanço para uma melhor condição de vida no planeta, reduzindo a emissão de gases, diminuindo assim a contribuição para os efeitos causados por eles, auxiliando num menor aquecimento global do que se espera hoje. Mas para que isso funcione será necessário que se evitem exceções como ocorre hoje em dia, em que alguns países devem cumprir de um jeito e outros de outro.
Leandro: Dentro dos teus conhecimentos de biólogo seria correto dizer que todas as catástrofes (enchentes, secas, maremotos, tornados, terremotos etc.) são culpa do homem?
Gabriel: Não podemos colocar a culpa apenas no homem, pois em tempos muito anteriores ao seu surgimento, já se tem registros de catástrofes muito maiores do que as que estão ocorrendo hoje, mas o homem tem muita influencia nestes acontecimentos atuais, pois se alterou muito a topografia do planeta, diminuindo as válvulas de escape naturais de escoamento das águas das chuvas, nas grandes cidades, por exemplo, resultando em enchentes de grandes proporções. Os efeitos são sentidos há pouco tempo, o que em tempos remotos não era “da noite para o dia” como está ocorrendo hoje.
Leandro: Como você vê hoje a situação ambiental do Brasil? Em sua opinião qual a verdadeira importância da Amazônia no âmbito geral?
Gabriel: A Amazônia, não só por mim, mas por muita gente é considerada o pulmão do mundo, maior área verde do planeta terra, está sofrendo muito com o desmatamento. O descaso do governo brasileiro com esta parte do Brasil, ecologicamente falando, a parte mais importante do país, pois até hoje não criou uma lei que realmente tire madeireiros ilegais da Amazônia, que puna com severidade. As leis hoje aplicadas a esses criminosos são o pagamento de multas, multas essas que em bem pouco tempo de extração ilegal de madeira já foi paga. Em breve a Amazônia se tornará praticamente a única área verde em todo o mundo. Áreas verdes estão sendo destruídas em todos os lugares do planeta, seja por catástrofes ambientais, ou por desmatamentos e queimadas, se nós, brasileiros, não cuidar de nosso patrimônio, logo estaremos respirando CO2 direto, sem poder usufruir do nosso tão precioso Oxigênio.
Leandro: E aqui em Santa Bárbara do Sul já esta se sentindo os efeitos da “crise ambiental”? Quais os exemplos?
Não poderia dizer que Santa Bárbara esteja sofrendo com os efeitos da crise, claro, sofre na mesma proporção que outras cidades pequenas, pois não tem indústrias que lançam diretamente gases poluentes na atmosfera, podendo assim considerar um ambiente bom para se viver. Mas assim como não sofre, também não se preocupa como deveria para diminuir os efeitos que em breve começarão a nos preocupar, mas como tudo, só nos preocupamos quando se torna difícil de contornar a situação.
Leandro: Você nos disse que a cidade “não se preocupa como deveria” como você definiria a real situação ambiental da cidade?
Por enquanto está regular, não se tem casos preocupantes na cidade, mas se não for dada uma atenção um pouco maior, na prevenção dos mananciais, rios e fragmentos de matas que ainda existem, logo se tornará uma cidade caótica, ambientalmente falando, pois as grandes áreas de mata que existia na cidade na década de 60, já não existem mais pelo desmatamento e cultivo de culturas como soja, trigo e milho. Estão plantando, literalmente, nos barrancos dos rios, aproveitando o máximo a área de plantio, não respeitando os limites mínimos de preservação exigidos para manter as margens equilibradas, evitando assim erosões.
Leandro: Como você enquanto biólogo pretende ajudar ou contribuir para que o bem-estar ambiental da sua cidade e de nosso planeta?
Minha contribuição está sendo feita, na separação de lixo seca, apesar de a cidade não ter usina de reciclagem, utilização de resíduos em compostagens e produção de húmus, trabalhando na conscientização de crianças e adultos, evitando ao máximo desperdício de água. Com tudo vimos que a Terra deve ser encarada com um grande ser vivo de dimensões planetárias e todos os seres vivos, assim como a espécie humana, parte integrante deste todo vivo. Há uma grande diferença em considerar a espécie humana como parte integrante da Terra e não como mera hóspede, consumindo-a, destruindo-a, poluindo-a, explorando-a até a exaustão, pois estamos colocando a nossa saúde e sobrevivência em risco.
Leandro Lui - Acadêmico do Curso de Jornalismo da Unicruz
Leandro: Gabriel do ponto de vista teórico por tudo aquilo que você aprendeu e vivenciou na sua formação acadêmica como você deferiria a atual situação ambiental do nosso planeta?
Gabriel: Atualmente, o nosso planeta está passando por diversas mudanças climáticas, enchentes antes não vistas, terremotos mais freqüentes e com maior intensidade, mostrando-nos que devemos pensar um pouco mais seriamente na qualidade do nosso planeta, evitando degradá-lo como estamos fazendo, diminuindo as poluições, desmatamentos, aumentando reciclagem e estudos para uma fonte de energia renovável e barata, que seja acessível a todos. Se continuarmos tratando como estamos tratando hoje, em breve as conseqüências ficarão mais difíceis de serem revertidas ou amenizadas, devemos ter uma atenção maior com nosso planeta, para ter o que mostrar para nossos filhos e netos.
Leandro: Qual é a sua opinião sobre o protocolo de Kyoto?
Gabriel: Se realmente entrar em vigor, e for cumprido como o estabelecido, será um grande avanço para uma melhor condição de vida no planeta, reduzindo a emissão de gases, diminuindo assim a contribuição para os efeitos causados por eles, auxiliando num menor aquecimento global do que se espera hoje. Mas para que isso funcione será necessário que se evitem exceções como ocorre hoje em dia, em que alguns países devem cumprir de um jeito e outros de outro.
Leandro: Dentro dos teus conhecimentos de biólogo seria correto dizer que todas as catástrofes (enchentes, secas, maremotos, tornados, terremotos etc.) são culpa do homem?
Gabriel: Não podemos colocar a culpa apenas no homem, pois em tempos muito anteriores ao seu surgimento, já se tem registros de catástrofes muito maiores do que as que estão ocorrendo hoje, mas o homem tem muita influencia nestes acontecimentos atuais, pois se alterou muito a topografia do planeta, diminuindo as válvulas de escape naturais de escoamento das águas das chuvas, nas grandes cidades, por exemplo, resultando em enchentes de grandes proporções. Os efeitos são sentidos há pouco tempo, o que em tempos remotos não era “da noite para o dia” como está ocorrendo hoje.
Leandro: Como você vê hoje a situação ambiental do Brasil? Em sua opinião qual a verdadeira importância da Amazônia no âmbito geral?
Gabriel: A Amazônia, não só por mim, mas por muita gente é considerada o pulmão do mundo, maior área verde do planeta terra, está sofrendo muito com o desmatamento. O descaso do governo brasileiro com esta parte do Brasil, ecologicamente falando, a parte mais importante do país, pois até hoje não criou uma lei que realmente tire madeireiros ilegais da Amazônia, que puna com severidade. As leis hoje aplicadas a esses criminosos são o pagamento de multas, multas essas que em bem pouco tempo de extração ilegal de madeira já foi paga. Em breve a Amazônia se tornará praticamente a única área verde em todo o mundo. Áreas verdes estão sendo destruídas em todos os lugares do planeta, seja por catástrofes ambientais, ou por desmatamentos e queimadas, se nós, brasileiros, não cuidar de nosso patrimônio, logo estaremos respirando CO2 direto, sem poder usufruir do nosso tão precioso Oxigênio.
Leandro: E aqui em Santa Bárbara do Sul já esta se sentindo os efeitos da “crise ambiental”? Quais os exemplos?
Não poderia dizer que Santa Bárbara esteja sofrendo com os efeitos da crise, claro, sofre na mesma proporção que outras cidades pequenas, pois não tem indústrias que lançam diretamente gases poluentes na atmosfera, podendo assim considerar um ambiente bom para se viver. Mas assim como não sofre, também não se preocupa como deveria para diminuir os efeitos que em breve começarão a nos preocupar, mas como tudo, só nos preocupamos quando se torna difícil de contornar a situação.
Leandro: Você nos disse que a cidade “não se preocupa como deveria” como você definiria a real situação ambiental da cidade?
Por enquanto está regular, não se tem casos preocupantes na cidade, mas se não for dada uma atenção um pouco maior, na prevenção dos mananciais, rios e fragmentos de matas que ainda existem, logo se tornará uma cidade caótica, ambientalmente falando, pois as grandes áreas de mata que existia na cidade na década de 60, já não existem mais pelo desmatamento e cultivo de culturas como soja, trigo e milho. Estão plantando, literalmente, nos barrancos dos rios, aproveitando o máximo a área de plantio, não respeitando os limites mínimos de preservação exigidos para manter as margens equilibradas, evitando assim erosões.
Leandro: Como você enquanto biólogo pretende ajudar ou contribuir para que o bem-estar ambiental da sua cidade e de nosso planeta?
Minha contribuição está sendo feita, na separação de lixo seca, apesar de a cidade não ter usina de reciclagem, utilização de resíduos em compostagens e produção de húmus, trabalhando na conscientização de crianças e adultos, evitando ao máximo desperdício de água. Com tudo vimos que a Terra deve ser encarada com um grande ser vivo de dimensões planetárias e todos os seres vivos, assim como a espécie humana, parte integrante deste todo vivo. Há uma grande diferença em considerar a espécie humana como parte integrante da Terra e não como mera hóspede, consumindo-a, destruindo-a, poluindo-a, explorando-a até a exaustão, pois estamos colocando a nossa saúde e sobrevivência em risco.
Leandro Lui - Acadêmico do Curso de Jornalismo da Unicruz
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